Esta dualidade que me perturba o ser
duma consciência desapertada
Esta dualidade que me ceifa a alma
Na exiguidade imperceptível do sentiruma navalha invisível cortar-me em dois
Esta dualidade que brota em mim
Quando o vórtice emerge sanguíneo
Na revolta de ser o que não consinto
ninguém mais ver.
O voo da Garça
(Suj. a direitos de autor)
M.Fátima Gouveia