quarta-feira, 1 de dezembro de 2010






















FOME CALADA

A fome anda nas ruas,
da tristeza faz companhia.
A esperança perde a força ,
o sonho morre sem poesia.
Cresce-nos o desejo no pranto.
A revolta estende seu manto,
despertando do desalento,
que mergulhámos todos nós,
até a raiva erguer a voz!


A voz do povo que sente,
esta agonia crescente,
que estrangula a nação.
Se agiganta o fantasma,
de uma nova revolução.
Podem calar a palavra!
Podem ignorar a poesia!
Podem esconder a verdade!
Podem usar de heresia!
Até a repressão de novo,
Mas não matam a vontade,
quando esta nascer do povo!

M. Fátima Gouveia
O voo da Garça
(suj. a direitos de autor)