sábado, 4 de janeiro de 2014




 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRISTEZA

Eu parto…
Parto, por tempo indeterminado
à chegada de nuvens negras,
dum Inverno sem estação.    
As asas do meu voar,
são feitas com várias penas,
duma vasta coleção.
 
Eu parto…
Parto, na ideia de voltar.   
Não me perguntem para onde vou,
ficando no mesmo lugar.   
É castigo divino amar a solidão,
mas ela segreda-me ideias loucas,
embriaga-me de emoção.

Eu parto…
Parto, por tempo indeterminado.
Um dia, não sei se volto
brincar de feliz, com a vida.
é ausência, é encanto 
e a realidade me convida   
a morrer afogada em pranto.

Maria de Fátima Gouveia